Como captar recursos para projetos na saúde é tema de painel no Palco Sebrae
O debate tratou sobre boas ideias com projetos estruturados e adequados aos editais.
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Dicas práticas para acessar editais, formar parcerias estratégicas e estruturar projetos com impacto real na área da saúde, foram o foco do painel “Cenário de projetos – Como captar recursos para projetos na saúde”, realizado nesta quinta-feira (5/6), no Palco Sebrae, durante o Gramado Summit, evento que tem a correalização do governo do Estado.
Com mediação de Gustavo Moreira, do Sebrae RS, o debate reuniu especialistas no financiamento de inovação e empreendedorismo. Participaram como painelistas Sandro Cortezia, da Ventuir, e Mauro Mastella, diretor administrativo-financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (Fapergs).
Ao longo da conversa, os convidados compartilharam orientações e experiências sobre como tornar projetos mais atrativos para investidores públicos e privados, além de destacar oportunidades atuais no ecossistema de inovação em saúde.
Um dos pontos levantados por Gustavo, para abordar os desafios e as oportunidades de captação de recursos, foi sobre elaboração dos projetos bem estruturados. Sandro trouxe a questão da terceirização na elaboração de projetos como algo que pode ser negativo. “Minha opinião é que a competência na elaboração dos projetos devem ser adquirida pelo pesquisador empreendedor e não terceirizada. Numa segunda ou terceira submissão pode ser interessante buscar uma consultoria para esta elaboração”, concluiu Sandro.
Sandro também destacou a importância de dar atenção aos critérios de avaliação de um edital. “Toda vez que o empreendedor for submeter um projeto é muito importante verificar quais os critérios de maior pontuação e o que precisa ser atendido para que seja exitoso”.
Mauro trouxe o olhar de que um recurso público é fruto de impostos e precisa ser tratado com todo o respeito e cuidado, cumprindo as exigências legais de prestação de contas e de execução do projeto para qual ele foi aprovado. “Cada edital tem a descrição do que é permitido e do que é vedado na utilização do recurso recebido, o que merece total atenção dos empreendedores”, comentou.
A afinidade entre o objetivo do projeto e o para qual área o edital é focado ou tem abrangência foi outro ponto referido pelo diretor da Fapergs. “Se o edital está pedindo inteligência artificial, diversidade, economia verde, o que for escrito no projeto deve dizer que a ideia tem aquela característica. Pode parecer básico, mas isto faz toda a diferença na fase de seleção”, destacou Mauro.
Encerrando o debate os participantes deixaram a mensagem sobre o que é fundamental para o êxito de projetos na área da saúde.
Sandro reforçou que é importante pensar a realidade, sempre questionando o que podemos fazer na área da saúde que poderá contribuir na solução de questões reais.
Mauro mencionou a valorização de boas ideias, a busca ativa do empreendedor por informações, através de empresas que já foram contempladas em outros editais, a participação de eventos e, principalmente dos workshops de submissão de propostas da Fapergs, que elucidam dúvidas e orientam a boa elaboração de projetos.