FAPERGS promove painel sobre impactos dos investimentos públicos em inovação e empreendedorismo
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O RS Innovation Stage foi palco, na manhã desta quinta-feira (30), do painel realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), com a participação de duas empresas contempladas no edital Doutor Empreendedor, a Syntalgae e a TerraMares, que abordaram o impacto dos investimentos públicos em inovação e empreendedorismo.
Mediado pelo diretor técnico-científico da FAPERGS, Rafael Roesler, o painel contou com a participação da CEO da Syntalgae, Giseli Buffon e da TerraMares, Victor Brian Lopes.
Giseli destacou que o edital doutor Empreendedor, foi fundamental para que a Syntalgae fosse estabelecida e evoluísse. “A Syntalgae não existia antes do Doutor Empreendedor”, disse ela. “Éramos duas cientistas no mundo empreendedor, sem saber nada de contrato social. O Doutor Empreendedor veio como um benefício excelente”, complementou ela.
Focada em biotecnologia e bioinsumos, inserida no mercado de micro algas, a empresa tem como negócio a indústria de cosméticos e de nutracêuticos.
Segundo Giseli, somente 17% das mulheres gaúchas são CEO e que ela demorou um tempo para ter esta percepção e assumir o seu papel.
Uma curiosidade destacada pelo diretor técnico-científico da FAPERGS, Rafael Roesler, é que na primeira edição do edital Doutor Empreendedor , 75% dos empreendimentos foram coordenados por mulheres e na segunda edição 66%.
Victor Lopes, da TerraMares reforçou a importância do investimento da FAPERGS e do governo do estado . “ A FAPERGS é o principal agente de promoção do empreendedorismo, chancelando a iniciativa para que outros investidores possam perceber o potencial do negócio”, disse ele.
Ele conta que, frente aos cortes de pesquisa em universidades, viram a oportunidade de buscar outras formas de recursos para escalar a empresa e oferecer soluções de biotecnologia. Em 2019, eles também foram contemplados pelo programa Centelha, operacionalizado pela FAPERGS. “Sem o Doutor Empreendedor, a TerraMares não teria as oportunidades que tem hoje. A parte científica tem potencial que não é explorado, e a FAPERGS e o governo do estado são grandes fomentadores pra isso”, relatou.
TerraMares também é uma empresa que trabalha com micro algas, focada na despoluição de rios e mares.
Para os painelistas, o cenário atual está muito positivo para a inovação, um momento histórico que deve ser acompanhado, aproveitado para conexões ainda maiores.
O diretor técnico-científico da FAPERGS, Rafael Roesler salientou que a Fundação tem como missão, investir em pesquisa e inovação e na formação de redes de cooperação, promovendo o desenvolvimento do estado.
Criado para fomentar startups com pelo menos uma pessoa com titulação de doutor na diretoria ou fundação, o programa já tem duas edições, somando aportes de R$ 10,98 milhões e 54 startups apoiadas.