O "Cientista Elétrico"

Disponível no site do Museu da Vida a cartilha Carlos Chagas Filho o "cientista elétrico". Trata-se de um trabalho elaborado a partir da exposição e da fotobiografia, publicada pela Editora Fiocruz, que ganharam o mesmo título - Carlos Chagas Filho. Cientista brasileiro: profissão esperança -, desenvolvidas pela Casa de Oswaldo Cruz por ocasião do centenário de nascimento do cientista, em 2010. Os textos são de Nara Azevedo, diretora da COC, e de Luisa Massarani, chefe do Museu da Vida.

Divulgação da vida e obra dos cientistas

"Essa cartilha faz parte de um esforço para divulgar a vida e a obra dos cientistas brasileiros", diz Luisa Massarani. Segundo ela, essa publicação é uma das estratégias para reverter o resultado da enquete realizada em 2010 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Museu da Vida, em que apenas 12,2% das pessoas afirmaram conhecer os cientistas brasileiros.
A publicação conta a vida do cientista e seus principais feitos em 16 páginas ilustradas com imagens do acervo da Casa de Oswaldo Cruz. Destaca como feito mais importante na carreira de Carlos Chagas Filho a criação do Instituto de Biofísica, um modelo institucional e de práticas de pesquisa inovadoras que prima pelo padrão profissional da ciência até os dias de hoje, quando passa a se chamar Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho.

Popularização da Ciência

Aproximar a ciência do público não especializado era também preocupação do cientista, que desenvolveu atividades em colaboração com Roquette-Pinto, no Instituto Nacional de Cinema Educativo, criado em 1936. Atuou também na produção de programa na rádio MEC "Pensando no Brasil", em 1952 e 1953, entre outras.

Nomeação pelo Papa VI
Ponto alto também na carreira do cientista foi sua nomeação, pelo Papa Paulo VI, para presidir a Pontifícia Academia de Ciências, no Vaticano. Foi nesse contexto que cuidou do processo de reabilitação de Galileu Galilei pela Igreja Católica, condenado e colocado em prisão domiciliar até sua morte, em 1642, por defender que o sol era o centro do universo e não a terra, como era a visão predominante na época.