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Prêmio O Futuro da Terra destaca o manejo correto do solo para diminuir o efeito estufa

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Cimélio Bayer implementou estudos para mitigar emissões de gases

Não é novidade que o crescimento da concentração dos gases de efeito estufa, que vêm ocorrendo há pelo menos 100 anos, tem provocado o aumento da temperatura da Terra e consequências sérias para o planeta. Esse movimento, intensificado a cada ano, ocorre por diversos fatores, mas é atribuído principalmente à atividade humana por meio da exploração agropecuária e, na esteira, o desmatamento.

O aquecimento global gera um efeito importante no desenvolvimento de doenças e pragas agrícolas, implicando em maiores custos no controle fitossanitário. Em relação ao clima, geralmente é responsável pela má distribuição das chuvas e ampliação dos períodos de estiagem. Mudanças drásticas como essas comprometem diretamente a produção agrícola.

A pesquisa científica tem dado importante contribuição no sentido de tentar minimizar o impacto do efeito estufa sobre a atividade rural. Em 2011, Cimélio Bayer aproveitou uma pesquisa desenvolvida para concurso docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), para ampliar outras linhas de estudo, dessa vez com foco em gases de efeito estufa em sistemas agrícolas. Realizada em conjunto pela Ufrgs, Instituto Riograndense do Arroz (Irga) e Embrapa, a pesquisa de Bayer aproveitou os resultados de estudos sobre matéria orgânica, objeto de seu doutorado. "Antes de o assunto alcançar tanta repercussão no Brasil e no mundo, vislumbrou-se uma temática que teria importância para a agricultura e com grande relação ao manejo de solos, minha área de pesquisa central", recorda o professor.

Nos mais de 15 anos em que o projeto foi desenvolvido, recebeu o incentivo da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes).

A pesquisa conduzida pelo grupo de pesquisa do CNPq - Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, na Ufrgs, tinha a missão de identificar práticas agrícolas e sistemas de manejo com potencial de mitigar as emissões de gases de efeito estufa. A proposta era possibilitar a produção de alimentos com o mínimo dessa difusão, além de ampliar as oportunidades para a agricultura regional e nacional em mercados internacionais. Ou seja, a pesquisa identifica sistemas de produção de commodities agrícolas como soja, milho, arroz e carne, em que as emissões de gases de efeito estufa são reduzidas devido ao uso de técnicas corretas de manejo de solo.

Segundo Bayer, mais difícil do que a identificação ou o desenvolvimento de processos ou práticas com potencial de reduzir as emissões de gases no âmbito da pesquisa é a ampla inserção dos novos métodos ou tecnologias nos processos produtivos, "a ponto de ter um reflexo sensível na mitigação das emissões de gases de efeito estufa em nível global", afirma o doutor em Ciência do Solo e professor associado do Departamento de Solos da Ufrgs.

PRÊMIO ESPECIAL

Luiz Carlos Federizzi - Ufrgs

CADEIAS DE PRODUÇÃO E ALTERNATIVAS AGROPECUÁRIAS

Aproccima

Geovano Parcianello - Irga

Jorge Tonietto - Embrapa

INOVAÇÃO, TECNOLOGIA RURAL E EMPREENDEDORISMO

Julio Otavio Jardim Barcellos - Ufrgs

SIA - Serviço de Inteligência em Agronegócio

Homero Bergamaschi - Ufrgs

Maria do Carmo Bassols Raseira - Embrapa

Antonio Folgiarini de Rosso - Irga

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Cimélio Bayer - Ufrgs

Alianza del Pastizal - Bird Life International

Flávia Fontana Fernandes - UFPel

Fonte: JC

FAPERGS - Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do RS